A cada dia,
eu ficava mais magra
meus dedos mais finos, fraca.
E de tão pequena que eu ficava,
como o anel que você me dera,
o amor já não cabia em mim.
Me alimentava de amendoim
na madrugada, na espera.
Até poderia escrever outra poesia
mas era só agonia
e já me faltava energia.
Mas o anel eu usava
achando que se eu guardasse ele ali
todos os dias, tão perto de mim faria diferença,
mesmo quando você pegava o seu amor
e jogava para longe de ti.
E é difícil acreditar assim.
Enquanto o anel escorregava e se ia
e eu botava ele de volta
sabendo que uma hora,
assim como você,
o perderia sem saber onde,
como, quando ou porquê.
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