quarta-feira, 19 de setembro de 2018

ordens maiúsculas (ou ação).

Me beija. Me marca. Me aperta com teus braços à minha volta quando estiver ventando lá fora e os vidros da sua janela estiverem batendo. Briga comigo. Mas fica. Faz café da manhã. Me traz uma cerveja antes do filme começar. Coloca uma música no toca disco enquanto você percorre meu corpo com mãos, unhas, sentidos. Me morde, me pede para ficar. Não diga eu te amo, me abraça quando eu chorar. Me conta dos teus medos. Da tua maior vergonha quando criança. Me fale sobre teu lugar preferido no mundo. Me leve lá. Diga que precisa de mim. Porque eu já preciso de você também. Me dê outro beijo. Me faça uma bebida. Respire no meu pescoço. Faça graça da minha pronúncia em francês. Me ensina a fazer churrasco. Me escuta falando por horas. Segura a minha mão antes de dormir. Deixa eu cuidar de você quando o dia tiver sido ruim. Mas prometo que não será com massagem pois sei que você não gosta. Vamos ao cinema e me explica porquê você chorou. Deixa o som da tua risada virar minha nova música favorita. Deixa que eu grite para os quatro cantos que eu sou sua. Queira ser meu. Deixa eu acariciar teu cabelo, enrolar meus dedos nos teus cachos negros, quanto tomamos cerveja no teu bar favorito. Deixa eu entrar. Deixa eu fazer parte dos teus planos. Deixa eles se misturarem com os meus. Deixa a tua vida se emaranhar na minha, tal e qual nossas pernas compridas dão nós pela noite. Não queira que eu me vá. Não me deixe. Que eu baste para você e você sempre baste para mim.