segunda-feira, 7 de julho de 2014

Sentimentos parede.

oi e aí como vai você? eu vou bem, obrigada. vi um filme outro dia que me lembrou você talvez você fosse gostar mas agora me esqueci o nome. legal essa banda que você me falou há dois meses mas eu só tive tempo de ouvir agora. engraçado que eu falava que precisava de tempo pra mim mas agora tenho tempo demais e nada me entretem por muito tempo, tudo é muito chato e a comida tem toda o mesmo gosto. o tempo passa, mas sinto sua falta. desculpa, esqueci que é crime dizer que sinto alguma coisa, seja amor, seja saudade. fiz de novo, ó. é força do hábito, vou engolir da próxima vez. deixa pra lá. se liga, vamos ver o jogo do flamengo num bar com a galera toda quando o campeonato brasileiro voltar. vai ser uma algazarra, uma tristeza só mas aí depois a gente pode falar besteira na mesa do bar, brincar com garçom e não rachar mais a conta igualmente como antes. não tô aqui pra reviver o passado nenhum, deus me livre, não me entenda mal, é que se for agora eu também não te quero mais, mas é o futuro assim mesmo, ele assusta. não sei de muita coisa, e da parte que eu sei eu não gosto. eu tirei o quinto prato da pilha e o copo amarelo foi pro fundo do armário. guardei aquele anel no potinho na minha cômoda. você precisa vir buscar suas coisas antes que eu roube aquela blusa preta que eu gosto tanto. eu nunca usaria ela mas tem quase um charme poético em ter coisas do ex em algum cabide. sabia que agora as bananas não vão mais pro lixo? convenci a comprarem cachos menores. tava aqui pensando como aquele casal gay de modern family se casou; se o garotinho não vai pirar com os zumbis, depois me conta como foi. difícil tá sendo os domingos sem game of thrones, sem sorvete depois do almoço. eu tô aqui falando sozinha porque você já se foi faz tempo mas eu ainda cá estou e pode ser que um dia você volte e por algum acaso a gente esteja na mesma página e aí vai ser só… bem, não sei o que vai ser porque eu não sei do dia de amanhã, você também não, mas me avisa quando você voltar, porque aí a gente dá uma volta e a vida é uma roda e só ela dirá... 

... é que pra mim não tem papo de nunca mais.

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