ele não me comprava flores
mas não dormia
enquanto não secasse
todas as minhas lágrimas.
ele não dizia eu te amo o tempo todo
mas sabia como me fazer relaxar
depois de um dia difícil.
ele não segurava minha mão na rua
mas me ensinava sobre como
amor também é sobre
entender a limitação do outro
e crescer junto.
ele não me beijava na rua
mas fazia com que eu coubesse
dentro de seus compridos braços
quando a vida ficava pesada demais.
ele não me apresentou à família
mas só parava quieto quando
me fazia sorrir quando eu estava
mal humorada.
ele não me pagava jantares
mas deixava que eu fizesse dele um ninho
quando eu era tomada por dores de cabeça e cólicas.
ele parecia não se importar
mas não colocava (tanto) coentro na comida
porque eu não gostava
e adocicou um pouco dos seus drinks clássicos favoritos
até eu entender um pouco que até o amargor tem seu momento.
por mais que eu negasse,
seu amor estava
no sabor da comida que fazíamos
na bebida que tocava os nossos lábios
no afago
e na procura.
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